A cena que todo mundo conhece
Consultório cheio o dia todo.
Pacientes indo embora, equipe encerrando o expediente… e o médico ainda preso ao computador, terminando prontuário, laudo, evolução.
Horas que não aparecem na agenda, mas pesam na saúde mental.
Esse “segundo turno” de documentação ganhou até apelido em vários estudos internacionais: pajama time – o tempo em que o médico está em casa, muitas vezes de pijama, ainda digitando no PEP.
É justamente esse tipo de dor que a IA de transcrição de consultas (ambient AI / AI scribe) está começando a atacar de frente.
O que é, na prática, a transcrição de consultas com IA?
Em vez de digitar tudo o que é falado na consulta, o médico conta com um “escriba digital”:
- Captação de áudio
A conversa entre médico e paciente é captada (com consentimento) por um microfone ou app. - IA transforma fala em nota clínica
Um modelo de IA reconhece a fala, entende o contexto clínico e gera um rascunho estruturado: queixa principal, HMA, revisão de sistemas, exame físico, hipóteses diagnósticas, conduta, orientações etc. - Revisão e assinatura pelo médico
O profissional revisa, faz ajustes finos e assina a nota no prontuário eletrônico.
O resultado ideal: menos digitação, mais olho no olho, sem perder qualidade e completude do registro.
O que os estudos internacionais têm mostrado
Vários centros de pesquisa e grandes sistemas de saúde já começaram a medir o impacto dessa tecnologia. Alguns resultados em comum:
1. Menos tempo de documentação (inclusive depois do expediente)
Estudos em ambiente real com AI scribes mostram reduções de 20% a 30% no tempo gasto em EHR durante e após as consultas, além de cerca de 30% a menos de trabalho depois do horário.
Outros trabalhos relatam consultas mais curtas (até 26% de redução na duração média) sem queda no tempo de contato direto com o paciente. A diferença vem justamente da documentação mais ágil.
Em um cenário europeu recente, médicos relataram 30% menos estresse com tarefas administrativas e sensação de estarem 16% mais presentes nas consultas após a adoção de IA de documentação.
2. Redução de burnout e melhora de bem-estar
Uma série de estudos em 2024–2025 indica que o uso de IA de transcrição está associado a:
- Redução significativa em indicadores de burnout (alguns trabalhos falam em queda de até 30% nos escores de exaustão emocional, e outros descrevem redução de até 74% na chance de burnout em um mês de uso).
- Aumento de bem-estar e satisfação com a carreira, com mais médicos dizendo que pretendem permanecer na instituição.
- Relatos qualitativos de “voltar a gostar de atender”, “recuperar o prazer na medicina” e “ter tempo para a vida pessoal”.
Em depoimentos incluídos em relatórios recentes, gestores descrevem médicos que pensavam em mudar de carreira por exaustão e, depois de adotar a transcrição de consulta, conseguiram reorganizar a rotina, dormir melhor e voltar a ter tempo para a família, exatamente a sensação mostrada nas telas da palestra que você fotografou.
3. Mais satisfação com o prontuário eletrônico (PEP/EHR)
Aqui entra o KLAS Arch Collaborative, um dos maiores programas do mundo em medição de experiência com prontuários eletrônicos.
No relatório Ambient Speech Outcomes 2025, a KLAS analisou a experiência de centenas de profissionais em organizações que adotaram tecnologia de ambient speech integrada ao PEP. Entre os achados:
- Ganhos médios em torno de 13 pontos no Net EHR Experience Score (NEES) entre quem usa ambient speech, em comparação com colegas que não usam.
- Melhorias parecidas (na casa de 13 pontos) em percepções de:
- Eficiência do sistema
- Usabilidade
- Capacidade do PEP de apoiar um cuidado centrado no paciente
Nas imagens da apresentação que você trouxe, aparece um recorte dessa mesma tendência:
- Profissionais que usam transcrição avaliando o PEP quase 10 pontos acima, em média, em relação aos que não utilizam a tecnologia.
- Aumento importante na percepção de que o sistema é fácil de aprender e torna o trabalho mais eficiente.
Resumindo: não é só que “ajuda a digitar mais rápido”.
A experiência geral com o prontuário muda de patamar.
O que as organizações que já usam têm em comum?
De acordo com o Arch Collaborative e outras análises de mercado, quem está na frente geralmente tem algumas características em comum:
- São sistemas de saúde de grande e médio porte, hospitais acadêmicos, hospitais infantis e redes de atenção comunitária.
- Muitos utilizam EHRs de grande mercado (Epic, Oracle Health, MEDITECH, etc.) integrados a soluções de ambient speech da Microsoft (Nuance DAX) e outros players.
- Medem de forma sistemática a experiência do usuário – antes e depois da implantação.
Isso reforça um ponto importante: não é tecnologia plug-and-play.
Os melhores resultados aparecem quando existe projeto, governança e acompanhamento de indicadores.
E para o médico brasileiro, o que isso significa?
Trazendo para a nossa realidade, os benefícios se conectam diretamente com dores muito conhecidas:
- Consultório particular ou clínica que depende do médico fazer tudo: atender, documentar, responder WhatsApp, organizar agenda.
- Hospitais que sofrem com prontuários incompletos, dificuldade de auditoria e retrabalho em documentação.
- Profissionais vivendo uma rotina crônica de overload administrativo, que muitas vezes nem entra na conta do plantão.
A mensagem dos dados é clara:
- Menos tempo digitando: mais tempo de consulta real e de vida pessoal.
- Melhor experiência com o PEP: menos resistência à tecnologia e mais aderência a boas práticas de registro.
- Redução de burnout: equipes mais estáveis e pacientes melhor assistidos.
Onde o App Health entra nessa história
O App Health nasce justamente conectado a essa nova geração de ferramentas, trazendo a lógica da IA de transcrição e automação para a realidade do médico e das clínicas no Brasil.
1. Prontuário médico com IA
- Transcrição da consulta
- O médico pode falar normalmente com o paciente; a IA transforma a conversa em um rascunho de nota clínica.
- O prontuário é organizado de forma estruturada, facilitando revisão, auditoria e continuidade do cuidado.
- Notas consistentes e completas
- Menos risco de esquecer detalhes importantes.
- Histórico mais rico para acompanhar evolução de casos crônicos, segunda opinião, telemedicina etc.
- Foco de verdade no paciente
- Menos tempo de cabeça baixa digitando, mais tempo ouvindo, explicando, examinando.
2. Atendimento e agendamento via chat com IA
Enquanto a IA ajuda o médico na documentação, outro “cérebro” cuida da linha de frente com o paciente:
- Assistente virtual que conversa com o paciente por chat (site, app, WhatsApp – conforme o modelo da clínica).
- Faz agendamento, reagendamento e cancelamentos, dentro das regras definidas pela equipe.
- Envia lembretes e confirmações automáticas, ajudando a reduzir faltas.
- Responde dúvidas simples: endereço, preparo, formas de pagamento, política de atraso etc.
Na prática, isso significa:
- Menos telefone tocando na recepção.
- Equipe mais focada em casos complexos.
- Agenda mais cheia e previsível, com menos “buracos” e no-shows.
Benefícios concretos para a clínica ou hospital
Quando juntamos prontuário com IA + atendimento e agendamento inteligentes, a conta começa a fechar:
- Aumento de produtividade
- Mais consultas bem documentadas no mesmo tempo de agenda.
- Possibilidade de ampliar volume sem elevar burnout.
- Melhor experiência do paciente
- Sensação de ser ouvido, atendimento mais humano.
- Comunicação mais fluida antes e depois da consulta.
- Gestão baseada em dados
- Prontuários mais completos geram indicadores melhores: linhas de cuidado, aderência a protocolos, perfil de casos, entre outros.
- Equipe mais saudável
- Menos jornadas estendidas.
- Menos perda de talentos por exaustão.
Conclusão: IA de transcrição não é modinha, é mudança de paradigma
Se a gente juntar o que dizem os estudos com o que já está acontecendo nas organizações que adotaram ambient AI, a conclusão é simples:
A IA de transcrição é uma das ferramentas que mais têm mexido na experiência do médico com o prontuário e na redução do burnout.
Para o App Health, isso se traduz em um compromisso:
Usar IA para devolver tempo ao médico, qualidade ao registro e centralidade ao paciente.
Se a sua clínica ou hospital quer dar o próximo passo nessa direção, vale olhar para a transcrição com IA não como um “extra tecnológico”, mas como uma peça estratégica para sustentabilidade do cuidado.
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